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CAAL 2007 Tovar

Fünftes Treffen der deutschsprapchigen Gemeinschaften Lateinamerikas

Quinto encuentro de las comunidades de habla alemana de América Latina

O plurilingüismo no mundo de hoje

Desde os tempos mais remotos, as pessoas de diferentes grupos sociais e nações se inter-relacionavam. Para tanto, precisavam se comunicar. E assim, «entender e saber falar diferentes idiomas, sempre foi uma necessidade. E hoje, mais do que nunca, ê um imperativo cada vez maior!» É por isso que hoje cada vez mais ouvimos falar em «Plurilingüismo». (As «ESCOLAS BILÍNGÜES» estão em franca ascensão e são características em ‹Sociedades Desenvolvidas ...›) E assim sendo, «resgatar», «valorizar», «conhecer», «preservar», «incentivar» e «cultivar» as «Raízes Culturais dos diferentes Grupos Étnicos e Culturais» é algo da maior importância em cada país, pois a CULTURA trazida pelos Imigrantes constitui, hoje, um importante legado à CULTURA desses Países.

O mais importante aspecto de cada CULTURA, porém, é «a Lîngua», pois é atravês dela que tudo nos ê repassado. No nosso caso, a «revalorização da Língua Alemã» – hoje a segunda em importância no ranking mundial – e a sua «reintrodução nos currículos escolares», notadamente em escolas de comunidades, onde a presença de pessoas dessa origem é marcante, é tarefa da maior importância, pois aí as suas «RAIZES» ainda estão bem vivas. Mas isso vai depender muito da «Conscientização dos Pais, Lideranças Comunitárias, e sobremodos da VONTADE POLÍTICA DAS AUTORIDADES EDUCACIONAIS ...!» A Língua Alemã é muito rica em CULTURA GERAL e muito tem a nos oferecer em Ciências, Tecnologia, Filosofia, Artes, etc. («A Língua Alemã é muito rica em CULTURA e CULTURA é uma RIQUEZA, que não se deve perder ...!» Pe. Aldino da Rosa, um cidadão negro, Pároco em Pérola do Oeste, Estado do Paranã, Brasil.)

As GRANDES NAÇÕES – os «Países de Primeiro Mundo» – chegaram ao seu estágio atual graças aos maciços investimentos em EDUCAÇÃO, PESQUISA e TECNOLOGIA e à realização de trabalhos sérios e eficientes. Progrediram porque investiram no INTELECTO das Humanas Criaturas ...! E «O Primeiro Mundo Começa na Cabeça de cada Pessoa ...!»

No que toca ao domínio de diferentes «LÍNGUAS ESTRANGEIRAS» – nos países em desenvolvimento – em Famílias de descendentes de Imigrantes, «em muitas», ainda se fala a Língua dos antepassados; entre os jovens, no entanto, cada vez menos ... Isso é lamentável! Falar em casa A LÍNGUA DOS ANTEPASSADOS, muitas vezes, ê visto pelas «... elites...» como sinal de «atraso-sócio­cultural», o que é um grande equívoco! O estudo e domínio de UMA ou MAIS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS é uma inequívoca PROVA DE CULTURA e gosto por um intercâmbio com pessoas de outros círculos culturais. Isto nunca prejudicou a «Língua-Pátria», mas é benéfico sob todos os aspectos.

A geração atual – desde a mais tenra idade – vem sendo «americanizada», quando desde o JARDIM DE INFÂNCIA se depara com «aulas de Inglês, em detrimento do aprendizado da Língua de seus antepassados. E assim, afasta-se cada vez mais de suas verdadeiras «RAIZES CULTURAIS», o que é profundamente lamentável. (Nesses casos, «o Inglês efetivamente não atrapalha o Português ...! Dá para acreditar ...?!?!?!»)

Esta «GRANDE INVERDADE» – no caso do Brasil – desde os tempos da II Guerra Mundial e nalguns casos ainda hoje, nas escolas incuca­se nas crianças e adolescentes, que «FALAR ALEMÃO ou ITALIANO» atrapalha o Portugês. E muitos pais não críticos aceital tal versão enganadora, não se dando contas de que – nesse caso – estão nos rotulando de «ignorantes», «incompetentes», de «gente atrasada ...!» Nós não somos inferiores às pessoas de países BI, TRI ou POLI-língües ... (Bem que os docentes deveriam se atualizar um pouco mais – e no caso – as escolas deixarem de prestar tais «DES-serviços» contra a CULTURA e as RAÍZES CULTURAIS das diferentes comunidades, afinal, «os tempos hoje são diferentes ...!» («A pessoa, que não souber falar no mínimo UMA Língua Estrangeira, com certeza nunca saberá bem a própria!» Johann Wolfgang von Goethe, poeta, escritor e cientista alemão.)

No mundo de hoje – na era dos COMPUTADORES, da INTERNET e similares – quando de casa podemos trazer o mundo para dentro de casa; quando podemos fazer compras e vendas, pagar e receber pagamentos, permanecendo à frente dum simples aparelho, efetivamente não se pode mais dizer que «uma determinada Língua seja ‹A LÍNGUA COMERCIAL›, o que, equivocadamente ainda se diz da Língua Inglesa ...!» No mundo das comunicações cada vez mais rápidas – «instantâneas» – na prática todos os idiomas se tornaram comerciais. E pela insistência de tantos, que continuam monopolizando este setor da atividade humana para «UMA Língua X ...», alguém está agradecendo! Com certeza! O que hoje acontece, na prática, é que «TODAS AS LÍNGUAS SE TORNARAM COMERCIAIS ...!» E! Mas nós não podemos nos apegar apenas à área «COMERCIAL». O domínio de mais idiomas não abre, apenas «MERCADOS», mas especialmente «CORAÇÕES ...!»

É sabido que em diversos países – alguns de PRIMEIRO MUNDO – há mais de uma Língua Oficial, o que lá é considerado «BENÉFICO» e nunca atrapalhou no aprendizado desta ou daquela. No extremo-oeste de Santa Catarina está localizada a Comunidade de São João do Oeste – um jovem município, desmembrado de Itapiranga, Berço Nacional da «Oktoberfest» no Brasil. Nos 3 últimos recenseamentos, realizados pelo IBGE, São João do Oeste obteve o honroso título de «MUNICÍPIO MAIS ALFABETIZADO DO BRASIL», com apenas «0,91% de pessoas, que não sabem ler ...!» E trata-se de uma «COMUNIDADE BILÍNGÜE DE FATO, onde mais de 90% da população – além de Português – fala Alemão ...!» (Aqui, estamos diante de um fato – que como tantos outros no Brasil – nos provam de que o «BILlNGÜISMO» é benéfico e não atrapalha ninguém. Também é de se considerar, obviamente, a importância que os alemães sempre deram à Educação e à Cultura. Daí também ser digna de nota a seguinte observação: «Os 20 municípios brasileiros mais alfabetizados – são de colonização alemã; e dentre os 64 mais alfabetizados (= menos de 4% de analfa- betos), a grande maioria é de colonização alemã, apesar daquela ‹nefanda campanha de fechamento de escolas e perseguições dos tempos do Estado Novo (= II Guerra Mundial)».

Mas se após a II GM os USA conseguiram chegar ao topo da pirâmide dos caciques mundiais, dessa posição também impuseram – de cima para baixo – o seu idioma. Teve início o «Colonialismo Cultural pro-yankee», que perdura até os nossos dias. Aliás, ao longo da História notamos que «.. .a ‹Língua mais importante› ...» sempre era aquela do dominador ... Assim foi com os Latinos, mas tarde com os Franceses, hoje com os Americanos ... Mas hoje – por uma série de fatores – isso está mudando ... Menos mal!

Também existem aqueles, que por estarem bem atreladinhos a este «Colonialismo Cultural», afirmam PRA URBI ET ORBI que é condição SINE QUA NON saber Inglês para poder lidar com computadores, internet etc. Que «90% das pesquisas disponíveis na internet, em livros, etc. estejam disponíveis em Inglês! Pois bem! Aqui estamos diante de DUAS INVERDADES: 1º) Fosse o Inglês tão indispensável para o mundo dos computadores, ao menos ‹OS PROFESSORES DE INFORMÁTICA› deveriam ser mais afiados no «English ...!» 2º) O percentual de pesquisas disponíveis na internet poderá ser até superior a 90% em Inglês para quem não busca outras fontes ... (...!)!

Senão, vejamos: É sabido que é na «LÍNGUA FRANCESA» que são editados o maior número de títulos, em todo o mundo; que de cada 10 livros editados no mundo, «1» é em Alemão ... Apoiados na rudimentar Aritmética, aqui já teríamos 20% ... E será que em Espanhol, Português, Russo, Sueco e outros idiomas nada é publicado ...?!?!

Também é importante dar atenção aos depoimentos de pessoas, que viajam e trabalham em diferentes pontos do mundo. Um amigo – ex-aluno – hoje um bem-sucedido empresário do ramo madeireiro, em Cotriguaçu, Mato Grosso, em viagem de negócios empreendida à França, lamentou «AS AULAS DE INGLÉS NÃO ASSISTIDAS», quando era meu aluno, na década de 70 ... Mas para a sua grata surpresa, os emresários franceses, com os quais ele tinha negócios, falavam ALEMÃO ... Quão feliz ele se sentiu, por ter na infância e adolescência aprendido ALEMÃO, na casa paterna e na comunidade de Incaré, interior de Cunha Porã. Três anos após a França, empreendeu viagem de negócios ao Japão, e lá, a história da comunicação se repetiu ... Também os empresários japoneses – além de Inglês – falavam Alemão ... (Em país de PRIMEIRO MUNDO não basta «TER NO BOLSO; É INDISPENSÁVEL TER NA CABEÇA», também ...) Este meu ex-aluno, é Artêmio Ríchter e me autorizou citar esta sua experiência, em palestras ...

Em sintonia com as constantes mudanças – cada vez mais rápidas – nos tempos atuais, em países mais desenvolvidos, dá-se cada vez mais importância ao estudo e domínio de outros idiomas. Há cerca de 2 anos, ouvi na TV uma reportagem duma ‹menina brasileira›, de 12 anos, que foi residir com a Família na Finlândia. Antes de tudo, ela precisava se familiarizar com a Língua Finlandesa, é claro! Perguntada sobre este assunto e sobre «QUAL LÍNGUA ESTRANGEIRA LÁ ESTUDAVA», a brasileirinha foi direta: «Não estudamos UMA só! O turno escolar é integral – entramos de manhã e saímos à tardinha! Dentre tantas disciplinas, estudamos: Espanhol, Francês, Italiano, Alemão e Sueco ...»! Além do Finlandês – que para ela também é Língua Estrangeira – ela não falou de que UMA ATRAPALHA A OUTRA ... Isto é óbvio! E se lá uma BRASILEIRA dá conta do recado, por que aqui não ...?!?! É que lá há uma «ESCOLA» voltada à realidade hodierna.

Um outro exemplo, que vale à pena mencionar, foi quando a Fábrica de Automóveis RENAUX, da França demonstrou interesse em se estabelecer no Brasil, muitos governadores enviaram àquela Empresa Francesa uma CARTA-PROPOSTA, redigida no melhor Inglês, o que nalguns lugares e ocasiões na França, é proposta de briga ... (...!) E! O Governo do Paraná, sabendo dessa rivalidade, enviou a sua CARTA-PROPOSTA redigida em BOM FRANCÂS ... E o resultado, nós o sabemos ... Hoje, a Renaux está instalada nas imediações de Curitiba. É um exemplo concreto, que nos mostra que «há detalhes, que fazem a diferença ...!»

As oportunidades de trabalho, oferecidas em diferentes países – além da aptidão profissional – exige-se dos candidatos o domínio de «diferentes idiomas ...», o que em muitos casos é o critério de desempate ... (Lembro que há alguns anos, num determinado concurso havido em São Paulo (para «UMA.VAGA» havia mais de 150 candidatos), um jovem de 24 anos, formado em curso superior, expert em infornática, que FALAVA TRÊS LÍNGUAS EXTRANGEIRAS, perdeu a pleiteada vaga, para outro jovem, com o mesmo grau de escolaridade, mas que falava «4 Línguas Estrangeiras ...!». Creio que valerá à pena «PENSAR UM POUCO SOBRE este fato ...»)

Não é só noutros países, mas aqui mesmo, no Brasil, a toda hora lêem-se anúncios – ofertas de empregos – onde o candidato deve dominar 2 ou mais idiomas ... Vivemos uma época, em que «O MUNDO FICA CADA VEZ MENOR»; as atividades turísticas, em plena ascensão. Em tal contexto, o domínio de mais idiomas é um imperativo cada vez maior. É «a Era do Plurilingüismo ...!»

Além do mais – «além de resgatarmos aquelas CULTURAS, que têm a ver com as nossas RAÍZES CULTURAIS ...» – é deveras importante vermos «O QUÉ» é mais importante para «QUÊ», nos diferentes setores da Atividade Humana; quais são as Bibliografias predominantes, neste ou naquele setor. Observemos o seguinte quadro, cujos dados foram obtidos na Biblioteca da UFSC = Florianópolis – SC e que nos dá uma idéia da ordem de importância das diferentes Línguas Modernas, em diferentes setores:

a) Na área de Economia: Inglês, Alemão, Francês, Italiano, Espanhol.

b) Na área de Tecnologia: Alemão, Inglês, Francês, Italiano, Espanhol.

c) Na área de Turismo: Espanhol, Inglês, Alemão, Francês, Italiano.

d) Em Ciências Agro-Veterinárias: Alemão, Francês, Inglês, Italiano, Espanhol.

e) Na área de Literatura: Francês, Alemão, Italiano, Inglês, Espanhol.

f) Na área de Saúde: Francês, Alemão, Inglês, Italiano, Espanhol.

g) Magistério e Educação Física: Espanhol, Alemão, Francês, Inglês, Italiano.

0bserve­se que o «Inglês» tem, apenas, UM 1º lugar: em Economia ... O «Alemão», por sua vez, tem dois primeiros lugares e assim também o Francês e o Espanhol ... O «Inglês» tem dois segundos lugares, dois terceiros e ‹2 quartos lugares›, em «Literatura» e em «Maqistério e Edacação Física ...!» Que tal ...?!?! Outro detalhe, que não pode passar despercebido é que na área de Saúde a Língua mais rica em Bibliografias é a Francesa, mas os nossos Universitários dos Cursos de Medicina devem «mergulhar no Inglês ...!» Por que será ... (...)?!

Mas, «Colonialismo Cultural Americano à parte», a Língua Inglesa não deixa de ter os seus méritos também e como todas as outras, também merece respeito. Também deve ser lembrado, que os americanos gastam astronômicas somas, «COMPRANDO TECNICOS FORMADOS DE OUTROS PAISES», que – mesmo que pouco ou nada produzam nos USA, pelo menos não produzem no país de origem ... (...)! (O caso dos cientistas alemães, que foram levados presos de Penemünde e de outros centros, estes não foram «COMPRADOS», mas levados à força ... Werner von Braun, no entanto, sempre escreveu em Alemão ...)

Lá por meados do século XX, inúmeros países oficializaram UMA ou MAIS Línguas Estrangeiras, ao lado da Oficial. Ex.: Em 1975, o Peru oficializou o «Quechua», ao lado do Espanhol. A Bélgica, por causa de «0,6% da população de fala Alemã», oficializou esta Língua ao lado da Francesa e da Flamenga. A velha e CULTA ITALIA – com mais de 3 mil anos de CULTURA – após a II Guerra.Mundial, nas regiões habitadas por minorias alemãs, francesas, eslovenas, albanesas e gregas, oficializou estes respectivos idiomas ao lado do Italiano. Cabe ainda citar alguns países, que têm mais de UMA LÍNGUA OFICIAL: Paraguai (2), Canadá (2), Luxemburgo (3), Líbia (3), Noruega (2), Espanha (4), Israel (3), Irlanda (2), Índia (16), Finlândia (2), África do Sul (2). E a «SUÍÇA – um pequenino e maravilhoso país, um exemplo de ‹Democracia Participativa e de Bem-Estar Social› – tem 4 Línguas Oficiais ...!» (E isto não atrapalha ...!).

Prof. Altair Reinehr

Lingüista e Membro da Associação Nacional de Pesquisadores da História das Commidades Teuto-Brasileiras

Rua Santa Catarina, 120, 89874-000, Maravilha-SC, Brasil

reinehr-prof.altair@hotmail.com